Transcendence - Realidade ou Ficção?
- descomplicandotudo
- 19 de set. de 2014
- 4 min de leitura

Olá galerinha!
Estou trazendo hoje para vocês um baita filme que tem um assunto que dá o que falar!
Transcendence: A Revolução
Com um elenco de peso incluindo Morgan Freeman e Johnny Depp não tinha como não esperar uma brilhante atuação.
Mas porquê a Cece está postando isso aqui para a gente num post de tecnologia?
Simples, o filme toca bem num assunto que meus queridos geeks devem saber e aqueles que não sabem venho com prazer falar sobre ele: Transumanismo.
Pera, Transumanismo?
Mas o que seria isso?
Transumanismo é uma forma do homem transcender a sua existência, tendo como objetivo comum aumento da inteligência humana e o prolongamento indefinido do tempo de vida do ser humano, visando a imortalidade com o auxilio da tecnologia.
Em Transcendence, o Dr Will Caster (Johnny Depp), Evelyn Caster (esposa e parceira de estudos de Will) e Max Waters são três brilhantes cientistas.
Dr Will Caster estuda e se foca nos assuntos sobre inteligência artificial com objetivo de criar uma máquina sensível e com inteligência coletiva, uma super máquina, que pense mais rápido do que vários homens, acelerando assim, as pesquisas, trazendo o futuro para o hoje.
Will conta com Max, que estuda os impulsos nervosos cerebrais com intuito de decodificá-los para que possam ser compreendidos e assim reproduzidos sinteticamente. Conta também com sua esposa Evelyn, uma genial cientista transumanista que busca atrás da tecnologia curar não só os seres humanos, mas também a natureza.
Contudo, como toda ideia revolucionária, terão aqueles que são contra, um grupo denominado de Desconectados afirmam que a ideia de Will e seu grupo e como insanidade e que possui um preço muito alto a pagar.
Buscando impedir que essa ideia funcione, esse grupo destroe vários laboratórios de pesquisas do Dr Will Caster, destruindo com eles todos que ali trabalham, exceto Joseph (Morgan Freeman). Além de que ao fim da palestra de Will, um dos membros do grupo atira em Will com uma bala envenenada, evitando uma possível cura.
Evelyn, inconformada com a ideia de ver seu marido morrer e tudo que ele fez ir ao ares por causa de um grupo rebelde, se alia a Max buscando fazer o download do cérebro de Will em um computador.
Insano? Talvez não, afinal um dos laboratórios de Will já havia conseguido fazer isso com a mente de um macaco. Logo, se não podiam criar uma mente, porque não duplicar uma já existente?
E é isso que Evelyn faz.
Brilhantemente ela desenvolve a partir de uma inteligência artificial já criada pelo marido, uma inteligência duplicada a partir da dele durante o pouco tempo que lhe resta de vida.
Contudo os Desconectados não verão isso como uma revolução, mas como uma abominação e farão de tudo para destruí-la.
Bizarro, genial, brilhante, abominação, solução, destruição.
Estas palavras passarão em sua cabeça durante o filme, mas não serão em vão.
Mas afinal, Real ou só Ficção?
Apesar de parecer uma realidade distante, utópica, na verdade, o filme não se encontra muito longe da nossa realidade por isso vim trazê-la a vocês.
Inteligência Artificial é um estudo muito utilizado, mas até que ponto essa inteligência deve deixar de ser artificial?
Esse filme não foi feito em vão, ele busca te alertar de até onde isto é certo ou errado, se realmente vale o preço.
Ver o homem através de nanotecnologia implantada dentro de sua corrente sangüínea tendo suas células completamente restauradas parece ser um milagre.
Um cego poder ter sua cegueira curada, pois tudo aquilo que estiver danificado será restaurado. Águas de todo o mundo tão puras que poderá ser bebido de qualquer riacho. Um mundo limpo, incrível, com um preço muito alto a se pagar.
O que você acha de uma uma máquina ter o poder de decidir o que é certo ou errado, o que é bom ou ruim?
A busca por essa salvação tem muitos problemas relacionados. Mas uma coisa é clara, uma máquina não sente, um cérebro tem tantos mistérios que nem o homem conhece-o por completo, pelo menos até dados presentes.
Will no filme não tem sua mente inserida naquela máquina, mas só resquícios de sua personalidade pré-programas e características de Evelyn.
Então sim, o filme é de ficção, mas retrata uma possível realidade à qual ele implora para que o homem não corra para ela, que os homens parem de tentar serem “Deus” e se foquem não no fim, mas no trajeto. Não na purificação de todas as águas, mas no percurso, a purificação de alguns poços para o consumo necessário da sociedade. Não na descoberta total da células-tronco, mas nas doenças que encontram sua cura através desse transplante.
Evelyn na verdade tem alguns nomes no nosso mundo, um deles é Ray Kurzweil um dos diretores da Google, que recentemente prometeu que em 2045 nós poderemos ser como Will, como ele chama: “singularidade”. Como Will, nossas mentes poderiam ser enviadas para computadores e que em menos de meio século poderíamos descartar nossos corpos “frágeis” humanos e habitar em sistemas robóticos avançados.
Incrível? Essa prática é tão perigoso que pode levar a morte em massa em prol de uma minoria que poderá pagar por algo tão caro.
Exagero? Não.
Tais experimentos precisarão ser testados em pessoas, nem toda mente é dada como “forte o suficiente” para resistir à esse procedimento e até multimilionários que puderem pagar por isso poderão facilmente morrer até chegarem lá.
Eles pregam que em 2045 existirão tecnologias capazes de “varrer” todo o cérebro e gravar cada neurônio e padronização holográfica que nele existe. Um maneira de construir um sistema de computação igualmente complexo, que tem capacidade computacional equivalente à do cérebro humano. Além de uma maneira de copiar a sua varredura do cérebro no sistema de computação, isso seria o “upload” do seu cérebro para a maquina.
Uma vez que essas três tecnologias existirem todos poderemos fazer como Will e obter a “imortalidade digital”
Apesar de muitos sonharem com essa imortalidade, existem várias conotações espirituais e práticas obscuras que ainda não foram devidamente debatidas.
Mas será que precisamos deixar de sermos humanos para evoluir?
Abrir mão de nossa própria singularidade, de quem realmente somos para uma evolução mental e uma vida eterna?
Então, fica a dica, vejam Transcendence, tirem suas conclusões, façam suas críticas e vejam até onde vale a pena pagar pelo conhecimento.
Beijinhos,
Cece

Post de Lígia Falcão
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