Operação Big Hero : Realidade x Ficção
- Por Lígia Falcão
- 20 de mar. de 2015
- 4 min de leitura

Olá pessoal! zõ/
Hoje vamos falar de uma grande febre da animação mundial e vencedor do OSCAR de Melhor Animação 2015:
Operação Big Hero
O filme é sem dúvida um sucesso, já superando enrolados ao arrecadar mais de US$600 milhões, ocupando o posto de terceira maior animação da história da Disney! Perdendo apenas para Frozen e Rei Leão.
Além disso, é o primeiro longa-animado da Disney que aproveita personagens da Marvel Comics. Nos quadrinhos Big Hero 6, criado em 1998, o supergrupo de heróis japoneses da Marvel, sancionado secretamente pelo governo local para missões além do control, era liderado por dois personagens do mundo dos x-men: o Samurai de Prata e Solaris. Contudo no filme muita coisa foi modificada e, segundo os responsáveis pelo filme, era justamente esta a intenção.

O nosso foco hoje não será sobre essa animação incrível em si, mas sim na tecnologia abordada no filme!
Para quem assistiu, (quem não viu, por favor, vá ver!) sabe que o filme começa com uma pequena invenção do gênio Hiro Hamada de apenas 13 anos, o MICROBÔ.

O que se consiste o microbô?
MICROBÔ: Feito de rolamentos magnéticos, a priore controlados por um controle remoto e mais tarde por um neurotransmissor


Eles não são mera imaginação do diretor, na verdade os microbôs foram baseados nos nanorrobôs, robôs de nível celular, um trabalho na UCLA.
Eles são uma previsão do que vem por ai no mundo da tecnologia, baseados em pesquisas sobre robôs minúsculos por estudantes de Carnegie Mellon University e do MIT. Embora ainda não exista um como a criação do Hiro, a tecnologia para isso é mais do que real e já existe.

Em sequência, a segunda criação foi da personagem GoGo, a bicicleta mais rápida.
BICICLETA DA GoGo: Rodas de suspensão eletromagnéticas, deixando-a com resistência zero assim aumento a velocidade da bicicleta.

Um grupo da Universidade Eindhoven, na Holanda, liderado por Bart Gysen em trabalho de doutorado, apresentou recentemente o prótotipo de uma suspensão de controle eletromagnético. Recebendo o apoio da SKF, empresa sueca especializada em rolamentos e mecatrônica, e pela BMW, que cedeu um sedã 535i para programa de testes.
Segundo Gysen, o consumo de energia para o conjunto funcionar é modesto. Mesmo se instalado nas quatro rodas, o pico de consumo é de 500 watts, metade do requerido pelo sistema de ar-condicionado. Uma suspensão hidráulica ativa consome quatro vezes mais energia. No estágio atual, o BMW de teste recebeu um par desses dispositivos nas suspensões dianteiras, trabalhando, entretanto, de forma independente. Um dos desafios é fazer a integração do sistema e garantir o máximo de eficiência.
Quando tudo estiver pronto, a melhora na qualidade de rodagem será superior a 60%. Uma das aplicações mais convenientes alcançará as ambulâncias, que poderão transportar pacientes em velocidade maior e sem a perturbação das vibrações provenientes da pavimentação.

Em terceiro lugar vem a criação do personagem Wasabi, plasma induzido por laser.
LASER DO WASABI: O plasma induzido por lazer possui um confinamento magnético para uma ultra-precisão.

Tema muito utilizado em trabalhos de mestrado, a espectroscopia de emissão óptica com plasma induzido por laser se mostra com muitas aplicações na nossa realidade, tornando-o bem real e viável. Um das aplicações é para a análise e monitoramento de solos, plantas e adubos.

Em quarto lugar, temos o experimento químico da Honey Lemon
Experimento: Um bola de 180 kg de carboneto de tungstênio ao receber um spray com uma combinação de: uma pitada de ácido clórico, uma gota de cobalto, um toque de peróxido de hidrogênio aquecido tudo com até 500 kelvin.
Um choque une as moléculas e com apenas um toque ela vira fumaça.
Experimento ligado a fragilização do metal químico.

Em quinto lugar, e mais amado, o adorado, BAYMAX, criado por Tadashi Hamada
BAYMAX: O companheiro de assistência médica pessoal é programado por mais de 10 mil procedimentos médicos. Corpo de vinil deixando-o mais acolhedor, olhos de câmeras hiperespectrais, esqueleto de fibra de carbono deixando-o mais leve e ativadores criados pelo próprio personagem, fazendo o robô levantar até 450 kg. Carregado por ião de lítio, apesar de Hiro recomendar para que no futuro seja carregado por supercapacitores que são bem mais rápidos em seu carregamento.

Uma das maiores pesquisas da equipe de produção foi para criar o robô Baymax que, para nós, é a verdadeira estrela do filme. Don Hall, diretor do longa, e seus assistentes mergulharam no mundo da robótica para encontrar a melhor maneira de colocá-lo na tela. Hall passou um bom tempo com pesquisadores na Universidade Carnegie Mellon para deixar o personagem com mais veracidade possível.
Quando pesquisaram sobre robótica na Universidade Carnegie Mellon, descobriram que os pesquisadores estavam trabalhando mesmo em robótica macia, muito similar ao que fizeram com Baymax. Um robô possuía braço de vinil inflável que não oferecia qualquer tipo de risco. Ele fazia coisas simples, como escovar os dentes de alguém, mas as possibilidades eram infinitas.
Então, apesar de ser um filme incrível que abusa do mundo da tecnologia, ele foi feito sob consulta de um especialista local Sean Carroll, um físico teórico da Caltech que faz pesquisas sobre gravidade, cosmologia, todo o universo e sobre partículas físicas e mecânica quântica. Tudo isso, com o objetivo de relacionar o filme com pesquisas do mundo real o que confere um pouco de veracidade ao filme.
O filme encanta e traz as pessoas para um maior contato com as novas tecnologias que estão surgindo, tecnologias com objetivo real de ajudar as pessoas e facilitar sua vida.
Aconselho que da próxima vez que for conferir um filme, pense mais e se inspire, crie! Afinal são com idéias que parecem fantasiosas que acabam surgindo grandes tecnologias e big hero está ai para mostrar que o que parecem idéias de “quadrinhos” podem ser usadas para um uso de necessidade real no mundo real. Além de reforçar algo muito importante:
Não importa o quão genial você seja, o estudo é eterno e você sempre pode aprender mais e mais e se você tiver amigos para te ajudar será ainda melhor e eficaz!
Espero que tenham gostado de ver essa ligação da ficção com a realidade!
Beijinhos,
Cece.

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