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A Entediante Vida de Morte Crens com Gustavo Borges

  • descomplicandotudo
  • 21 de set. de 2014
  • 5 min de leitura

¡Hola Chicos!


A postagem de hoje é ESPECIAL.

É uma indicação, mas não só isso, pois o próprio autor da Morte Crens, Gustavo S. Borges, escreveu especialmente para o blog sobre a sua experiência com quadrinhos e seus planos para o futuro. Eu quero então, te apresentar

A Entediante Vida de Morte Crens.

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Na Gibicon (melhor evento de quadrinhos do Brasil!) de 2014, em Curitiba, tive o primeiro contato tanto com o autor quanto com a criação. De longe era perceptível o contraste entre um gaúcho simples, meio nerd com “óculos de Harry Potter”, de cabelos louros e bem tímido apresentando a todos apenas... a Morte!

Para uma leitora assídua de coisas “fofas” (e vivas!Haha) provavelmente não seria esta a minha primeira escolha, e foi aí que tudo fez sentido.

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Morte Crens fala de vida, do valor da vida, de como vivê-la.

É como uma tentativa de desmistificar a morte, não é discursão sobre vida após a morte, é a vida através da Morte.

Sim, morte, morte, morte, a repetição deveria tornar tudo ainda mais tenebroso, mas não. Só torna tudo mais real. A acidez de Morte Crens te apresenta o amor que ultrapassa a morte, os nossos desperdícios diários de vida, a solidão mesmo estando cercados de pessoas, a finitude de tudo aquilo no qual nos dedicamos a plantar.

Outra coisa, ao meu ver, super interessante é o relacionamento entre a personagem Vida e a M. Crens, parece Gustavo brinca com nossa percepção ao mostrar que elas andam lado a lado, e que se entendem mesmo falando de coisas tão diferentes e opostas.

Ele mostra que a beleza está onde você permite enxerga-la, que há vida em todos os lugares e nós só percebemos quando ela não se faz mais tão presente, que vivemos a vida como se apenas esperássemos pela morte, mesmo que não a esperemos.

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Morte Crens me mostrou que vale a pena viver, na plenitude desta palavra, viver de verdade, observar as cores ao nosso redor, agradecer porque nós temos com quem dividir os bons frutos da vida, a temer quem realmente tem que ser temido, para que um dia, de acordo com as suas crenças, a morte seja apenas mais um passo em direção a VIDA.

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Agora apresento à vocês, Gustavo Borges por Gustavo Borges;


Bom, por onde eu começo... Desde pequeno senti uma vontade de contar histórias, seja com quadrinhos, música, teatro, filme ou animação. Isso foi algo que se tornou parte da minha personalidade. Sempre tive o hábito de ler. Minha mãe incentivou isso já antes de eu nascer.

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Eu sempre fui apaixonado por história de fantasia

Mas principalmente, aquelas que apesar de toda a ficção, conseguem ser reais. Que tem personagens e sentimentos humanos, que conseguem nós passar mensagens, e marcar nossa vida.

Poderia citar N filmes que me marcaram assim, e todos teriam esse ponto em comum. A vontade de criar também foi algo que eu tinha. Nunca gostei do que estava pronto, eu queria sempre poder fazer o meu, com a minha visão da coisa.

Tanto é, que antes de decidir ser desenhista, na infância disse que queria ser inventor! Não que hoje eu não seja, mas me limito a duas dimensões. Por enquanto...Haha...quem sabe...

Isso veio muito pela imagem que meu avô me passava. Ele era velho. Essa era a ocupação dele, mas pra mim, ele era inventor. Isso me deixava com um sentimento de querer ser velho, enorme. O que na verdade era que eu queria era ser inventor.

Ele tinha um quarto na garagem, onde criava coisas, mexia em peças, guardava tralha, oficina, marcenaria, pesca..

Ele era prático. Sabia reaproveitar as coisas, transformando em algo útil pra ele.

Enfim, não vou me distanciar do foco...

Isso foi parte do que me formou como pessoa. Claro, minha educação foi muito boa. Minha mãe sempre foi rígida, mas eu agradeço até hoje a ela.

Minha aventura nós quadrinhos começou quando vi um mangá do Dragon Ball pela primeira vez. Aquilo abriu minha mente pra outros tipos de quadrinhos, depois dali não parei mais de ler hqs.

O que me incentivou a querer ser um desenhista de mangá. Depois vi que não era especificadamente mangá, mas quadrinhos!

Cresci então com a preocupação de como entrar no mercado...

Como dar o primeiro passo?

Eu tinha uma noção...

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Sobre minhas grandes ideias:

1 - eu não era bom pra desenhar elas...

2 - não tinha quem fosse ler

3 - ninguém publicaria ela, sendo eu um pirralho desconhecido. E muitos outros pontos que levariam isso ao fracasso

Então eu sempre tive uma noção: organizar minhas milhões de ideias, e esperar a hora certa de lançar.

Mas isso ainda assim não me dava um primeiro passo

Foi então que caiu ficha das tirinhas.

Era algo fácil, rápido, eu concluía um trabalho e as pessoas já me davam feedback.


Mas aí eu não tinha personagem.

Um dia, sem querer o MC surgiu. Eu vi nele uma oportunidade, e comecei a trabalhar em cima.

Só posso dizer, nas muitas histórias que eu tenho com ele, que ele mudou minha vida, não só pelo fato de me inserir nós quadrinhos, mas de mudar minha forma de pensar e ver a vida.

Hoje eu sei que em parte, graças a ele, eu sou uma pessoa melhor.

O fato de pensar sobre a morte se tornou comum. E esse é o ponto. A vida ficou mais preciosa. Eu arranquei todos os pré-conceitos de que a morte só vem na velhice, e sim de outros n tipos.

Virou parte do meu dia a dia, pensar: e se eu morrer hoje?

Respondo com ou.

Tô bem. Tô mal.

Dependendo dela, eu sei como estou em geral com a vida, isso me leva a sempre estar 100% comigo mesmo é com os outros. Eu vivo melhor assim.

Não é um pensamento depressivo, mas sim uma filosofia, uma forma de se por contra a parede de verdade. Chega de preguiça!

Esses meus pensamentos foram o que engatilharam meu outro trabalho também o 30 minutos. Que é 100 pra eu melhorar a cada segundo na minha arte. É não ter medo de admitir o erro, e procurar sempre ser melhor, se superar.

Acho que sobre como minha vida pessoal e de trabalho se encaixam, eu já respondi em parte. Minha família passou a me dar muito apoio. Eu faço o que eu gosto, então muitas vezes quase não é trabalho.

Eu acabei entrando no mercado pelos meus quadrinhos autorais.

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Eu já tenho namorada. E sou um romântico... Eu descobri que gostava dela na quinta série, a partir daquilo, começou uma história toda... Hj já estamos juntos a dois anos, e que sejam o primeiro de muitos.

Filhos? Com certeza. Mais de um, se eu puder manter bem a criaturinha.

Mas eu também quero atuar e trabalhar em outras áreas, quero escrever e ilustrar livros infantis. Me envolver com animação. Abrir uma empresa...

Sobre o trabalho e futuro mesmo...

Ainda tem muuuuito a vir por aí das minha séries atuais, Edgar e o MC.

Tem muita coisa de quadrinhos que ainda nem está perto de lançar... Mas está tudo cravado no plano!

Inclusive aquela HQ que eu sabia que não poderia desenhar lá atrás, quando eu queria achar uma forma de começar.

Quero poder viver do que amo. estar em constante evolução, sempre aprendendo a ser melhor.


Tem um detalhe, que não contei...Mas me lembrei esses dias...

Eu faço aniversário dia 28 de junho...

Ok.

Quando pequeno, tinha um livro chamado: uma história para cada dia do ano, e adivinha o meu aniversario:


28 de junho: o contador de histórias.

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Espero que assim como eu vocês entrem neste mundo novo que o Gustavo tem nos apresentado, e que tal qual ele, você possa planejar e alcançar os teus objetivos... Sejam eles quais forem...

Fica aqui para você conhecerem um pouco mais sobre o autor e suas outras personagens incríveis, o Edgar e 30 minutos:



Muito obrigada pelo seu tempo.

E lembre-se:

O importante é que você LEIA!

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Fan art por Fernando Fidalgo

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Minhas preferidas...

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Post de Juh Falcão Fidalgo

 
 
 

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